Que pobres
humanos somos nós,
cachorros vira-latas, diria o genial Nelson
Rodrigues - isso antes da Copa do Mundo de 58.
Digo eu: na
Libertadores, apesar dos cinco títulos seguidos que vencemos, contra todos da
língua espanhola dessa parte da América, não deixamos de lado a sujeição de cão
vadio.
Apanhamos no
dia-a-dia,
sob a crença de que venceremos sempre na final. Pode ser que a casa caia de
repente.
Sujeitamos a
jogar
em altitudes inconvenientes aos atletas, já condenadas pela Fifa por causa dos
pareceres científicos, vencidos pelos pareceres políticos de países sem
expressão alguma no cenário internacional.
Sujeitamos jogar em campos sem a
mínima condição de segurança, pequenos currais, gramados ruins, e na altitude,
sem ao menos protestar e argumentar a contrapartida de que na volta os
adversários terão estádios confortáveis, seguros, gramados excelentes e no
nível do mar.
Não é a
qualidade técnica
que equilibra a disputa, como acontecia na época do futebol argentino e
uruguaio fortes nas tradições de Boca, River, Velez, Independiente, Nacional e
Peñarol de Montevidéu. Hoje prevalece a força do extra-campo, infelizmente.
E os cães vadios
aceitam
sem protestar. Imaginem como seria a Libertadores se brasileiros, uruguaios,
paraguaios e argentinos se unissem e declarassem guerra à altitude de Cuzco, La
Paz, Quito ou qualquer outro lugar acima de 800 metros.
Morreria a
Libertadores
ou passaria a ser disputada dentro da verdade da qualidade técnica.
VEZ DA TELEVISÃO
Toda essa
introdução
deve-se a outro fator absurdo: a tal televisão internacional que agora dispõe,
também, dos horários e dias absurdos na confecção da tabela.
Pergunto: será que o
dinheiro que a Conmebol recebe e repassa aos clubes a parte deles compensaria
um Mineirão vazio, com um terço do público antes programado?
Eu mesmo
respondo
antes que você, torcedor indignado, possa responder:
-Lógico
que não compensa. Futebol precisa de calor humano, muito mais do que a tara dos
cartolas pelas migalhas da Conmebol e da tevê ou que a pretensão de mostrar
seus qualificados atletas pro mercado europeu e asiático.
Quando digo asiático, me
refiro a China e Coréia do Norte. Japão tá fora, pois não tem investido nada no
futebol. Prefere valorizar a boa prata da casa.
Veja bem: no seu primeiro jogo, em casa pela Copa Libertadores, contra a
Universidad de Chile, time copeiro, o Cruzeiro manteve os ingressos nos mesmos preços cobrados em
qualquer jogo chinfrim do Campeonato Mineiro: entre R$ 50 e R$ 170.
Por que? Porque atira iscas aos
peixes. Precisa motivar a China azul a matar serviço, ou pedir ao patrão
cruzeirense pra sair mais cedo. A partida, na próxima terça-feira, no Mineirão,
está marcada para o absurdo e inusitado horário de cinco e meia da tarde.
Parece até jogo
de pelada,
que o torcedor é convocado pelo telefone: - A
que horas é o jogo de terça-feira? - liga
um interessado. E o responsável responde: - A
que horas você quer?
ACOMPANHAR COMO?
Se alguma
empresa,
como era de costume fazer antigamente, distribuiu tabelinhas do campeonato
mineiro como forma de propaganda, deu-se mal e enrolou a cabeça do cliente. A
FMF mexe na tabela original com constância incrível.
Já anunciou
novas mudanças,
após alterar semana passada a data de Cruzeiro x Boa Esporte. Agora, antecipou
Cruzeiro x Tupi, marcado pro dia 9 de março e será jogado dia 8, um sábado, às
quatro e meia da tarde, no Mineirão.
Segundo a FMF a mudança
deve-se à participação dos azuis na Libertadores. Dia 11, às sete horas, o
Cruzeiro enfrenta o Defensor, em Montevidéu.Na verdade, o que motivou a mudança
foi a pressa da FMF em divulgar sua
tabela de 11 jogos.
Já sabia desde o
ano
passado que Atlético e Cruzeiro disputariam a Libertadores, desde o ano
passado, e apenas esperava a Conmebol divulgar a tabela da Libertadores, que
tem prioridade. Depois confeccionava a sua, definitiva, sem necessidade de
mudanças constantes.
Na mesma nota
oficial,
América e Boa Esporte, marcado pra 26 de
fevereiro, foi adiado pra 12 de março, uma quarta-feira, às sete e meia, no
Independência. A Federação alegou que a prioridade é da Copa Libertadores na
utilização do estádio no Horto. Neste dia o Atlético pega Independiente Santa
Fé.
PEIXE PODRE
O atacante
argentino
Alejandro Martinuccio veio pro Cruzeiro já contundido e os médicos da Toca da
Raposa acreditaram na sua recuperação. O clube comprou 37% dos seus direitos
econômicos, em 2012, ele jogou apenas 21 vezes.
Chegou a dar esperança à torcida
azul quando jogou. Mas sumiu pelos caminhos do Departamento Médico. Sofreu cirurgias
nas duas tíbias, e ficou um longo tempo parado.
Quando
voltou fez somente 11 jogos na temporada passada, voltou ao
DM.
Seu custo benefício é bem alto,
apesar de bom jogador.
Em 2014, já começou lesionado e o DM celeste informou esta semana que Martinuccio sofrerá novas cirurgias nas duas pernas. Lamentável.
Em 2014, já começou lesionado e o DM celeste informou esta semana que Martinuccio sofrerá novas cirurgias nas duas pernas. Lamentável.
Ele não deverá
jogar
mais no Cruzeiro porque seu empréstimo junto ao Fluminense termina em julho e
será devolvido às Laranjeiras.
Eu fiquei bem chateado com a informação, porque gostava do estilo guerreiro e da qualidade do futebol de Martinuccio. Lutou muito pra ser útil e foi vencido pelas lesões. Não é o primeiro caso de um bom reforço que fracassa por causa das contusões e nem será o último.
Eu fiquei bem chateado com a informação, porque gostava do estilo guerreiro e da qualidade do futebol de Martinuccio. Lutou muito pra ser útil e foi vencido pelas lesões. Não é o primeiro caso de um bom reforço que fracassa por causa das contusões e nem será o último.
PRÉ
JULGAMENTO DO RACISMO
O uruguaio Eugênio
Figueiredo,
que vem a ser o presidente atual da Conmebol, quis dar uma de esperto ao tirar
o braço da seringa no julgamento possível com caso da racismo contra Tinga, no
jogo Real Garcilaso e Cruzeiro, porém prejulgou o fato.
Inicialmente
afirmou que
o Tribunal Disciplina da entidade julgará os atos de racismo dos torcedores do
Real Garcilaso e que não lhe cabe nenhuma decisão sobre o assunto. Até aí, tudo bem. Depois disse que
"tem a impressão de que considera o
Real Garcilaso vítima do comportamento da própria torcida".
Por
fim arrematou: "Temos que
condenar os atos de racismo, mas isso foi feito pela torcida, e não por um
jogador dentro de campo. Isso não existe só no mundo do futebol, é uma coisa da
sociedade, mas temos de condenar".
NOVO
UNIFORME
Adriana Branco,
a bela e simpática,
diretora executiva do Atlético (foto), representou o clube no evento do “Movimento por um futebol melhor”,
no Museu Brasileiro da Escultura, em São Paulo. Falou de tudo sobre
a questão de sócios torcedores.
Mas sobre os novos uniformes do
time, foi elegante, como sempre: "Temos contrato em vigor com a Lupo. Seria deselegante da
minha parte dar qualquer tipo de informação. Mas a mudança é em março”.
O
contrato com a Lupo termina dia 28 de fevereiro.
OTAMENDI
CONVOCADO
Conforme
previsto,
Otamendi, o novo beque do Galo, foi convocado pelo técnico Alejandro Sabella,
da Seleção Argentina, que terá um amistoso na data Fifa, contra a Romênia, dia
5 de março, em Bucareste.
Nesse dia, o
Galo
jogará pelo campeonato mineiro contra a Caldense, no Horto. Paulo Autuori terá
que se virar porque já sabe que não terá Réver nem Otamendi. A opção é
Edcarlos, também, recentemente contratado pra resolver o problema da zaga
atleticana.
É isso aí,
companheiro!
Como Otamendi tem contrato com o Galo só até o final da Libertadores, a
passagem do excelente beque argentino pelo futebol mineiro deixará tão somente
o gosto de quero mais.
ESTALEIRO DE
REVER
A pretensão de Rever de ainda lutar por uma
vaga no grupo de Scolari pra Copa do Mundo teve ponto final. Rever foi operado
do tornozelo esquerdo nesta quarta-feira pelo Dr. Rodrigo Lasmar e só deve
voltar aos treinos com bola dentro de uns três meses.
Réver fatalmente está fora do mundial, se é que ele teria alguma chance de ser convocado.
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