O
Cruzeiro tem 7 vitórias e três empates e nenhuma derrota, mais 24 pontos, saldo
de 17 gols e 22 marcados. É líder, mas não garantiu esta posição importante pra
fase seguinte do Campeonato Mineiro que lhe garantiria fazer o segundo jogo da
semifinal e da final - neste caso se chegar lá. Isso porque o Atlético encostou
com também 7 vitórias, duas derrotas, um empate, mais 22 pontos, saldo de 15
gols, 20 marcados vice líder. Ambos levaram cinco gols.
ÚLTIMA
RODADA PEGA FOGO - A 11ª rodada, que será bem interessante, no próximo domingo: os azuis jogam no Mineirão contra o Tombense,
quarto colocado, com 17 pontos, porém atrás de mais um ponto pra manter-se no
G-4. Já o Atlético enfrentará o desesperado Boa Esporte, primeiro time fora da
zona do rebaixamento, com oito pontos ganhos, os mesmos da URT, a primeira do
buraco negro. O jogo será em Varginha.
BRIGA PRA
NÃO CAIR - Além dessa briga pelo primeiro lugar, o G-4 terá a disputa da
Caldense contra o próprio Galo pela vice-liderança, ambos com 22 pontos e os
atleticanos uma vitória a mais. A turma de Poços de Caldas tem uma tarefa
difícil, pois joga contra o Villa Nova, franco atirador, não cai nem sai do
lugar, no Penidão de Nova Lima. Como eu disse acima, da briga entre Tombense e
América, pela última vaga do G-4, ambos com 17 pontos, sendo que o time da Zona
da Mata tem 5 vitórias contra 4 do Coelho. O América tem a seu favor o mando de
campo: joga no Horto contra o Democrata Pantera, que luta pra não cair. Está em
oitavo lugar com oito pontos, um a mais que a URT e o Guarani.
Querem
mais emoção ou tá tudo pouco demais?
PASSEIO
DO GALO - O Atlético cantou de Galo, mais uma vez, no seu terreiro, o Estádio
Independência e não deu a menor chance pro Leão do Bonfim. O clássico foi
agradável pela boa atuação do time de Levir Culpi e porque Carlos
desencantou-se, após alguns meses sem marcar. Marcou duas vezes e encontrou de
novo no argentino Lucas Pratto um excelente parceiro. Outro destaque foi Marcos
Rocha e suas assistências fantásticas: colocou a bola na cabeça de Pratto, no
segundo gol, aos 3´m do segundo tempo. Luan e Cárdenas foram mais discretos e
Culpi, de novo, sacou Cárdenas, aos 25m do segundo tempo pra colocar Dodô. Sei lá...
LOURAÇA
ATLETICANA - Leonardo Silva ficou o primeiro tempo no banco e entrou no intervalo.
Nada sentiu e trouxe mais tranquilidade à Comissão Técnica para os jogos da
Libertadores. O melhor em campo foi Carlos, mas quem saiu abraçado com uma bela
louraça de 200 talheres foi o mascote do Galo. Esse bicho não é bobo nem
nada!!! (Foto de Rodrigo Fonseca, Superesportes)
RAPOSA
SUPERA TUDO - O goleiro Fábio teve que trabalhar bastante, com grandes defesas,
porque a URT não estava a fim de entregar o ouro dentro do Estádio Zama Maciel,
em Patos. Segurou enquanto pôde e contra-atacou perigosamente em diversas
oportunidades. A falta de entrosamento do time mesclado por Marcelo Pacote
Oliveira foi patente. Eis a formação celeste deste domingo: Fábio;
Ceará, Manoel, Léo e Gilson; Willian Farias e Charles (Eurico); Marquinhos,
Marcos Vinícius (Joel) e Judivan (Gabriel Xavier) ; Leandro Damião. A
URT aguentou o primeiro tempo, mas logo no início do segundo, Marquinhos fez 1
a 0. E aos 49m, num contra-ataque Joel passou a régua e fechou a conta.
Cruzeiro, 2 a 0. Tenho quase nada a falar da partida, exceto por aquilo que
ouvi dos companheiros da Rádio Itatiaia. Vou aguardar o vídeo.
OITAVA
VITÓRIA DE DUNGA - Também não vou comentar Brasil 1 x Chile 0, na Inglaterra,
porque conforme alertei antes não gosto desses amistosos chupa-sangue da CBF.
Os globais uivaram de satisfação porque foi a oitava vitória de Dunga. O
negócio deles nem é torcer pelo treinador à frente do escrete, mas pelas
vitórias da CBF, seja quem for o seu presidente. Ou o milionário Ricardo
Teixeira que coça o saco em Miami ou o galinha Marco Polo Del Nero.
VOCÊ SE LEMBRA DE GLADSTONE?
- E não é que otrodia eu até me perguntei por ele. O zagueiro Gladstone, aquele
no caso da fralda, lançado por Vanderlei Luxemburgo, no time titular do
Cruzeiro, na decisão da Copa do Brasil, no Mineirão, por falta de outro. E o
danado deu conta do recado e o Cruzeiro foi campeão. O repórter Guilherme
Gonçalves, do GloboEsporte.com, fez uma matéria com Gladstone que eu gostaria
de reproduzir aqui pra mostrar as voltas positivas do futebol. Segundo o
repórter, "Gladstone
coleciona boas histórias para contar. Trintão e com mais de uma dúzia de clubes
na carteira de trabalho, o jogador revelado pelo Cruzeiro no início dos anos
2000 é um autêntico operário da bola. Carrega na memória as lembranças e os
altos e baixos das quase 14 temporadas como jogador profissional. Em 2015,
aceitou o desafio de ser o xerifão do Itumbiara no Campeonato Goiano. No
gramado no estádio Juscelino Kubitschek, seu habitat atual desde janeiro, o
defensor abriu o livro de recordações - que inclui passagens por equipes como
Palmeiras, Juventus, da Itália e Sporting, de Portugal, além da seleção
brasileira".
"FAIXA DE CAMPEÃO OU FRALDA? Vai ser campeão ou vai se
borrar? Foi o que ele me perguntou quando entregou a faixa e a fralda na
final" - Luxa em 2003
- Foi um período importante na minha formação. Tinha de 18 para 19 anos,
e acabou sendo uma aprendizagem. Trabalhei com grande jogadores, e isso formou
não apenas o atleta Gladstone, mas também o homem. Foi uma grande vivência. Se
por um lado não joguei tantas partidas, por outro pude crescer pessoalmente e
desenvolver meu caráter.
Enquanto esteve no Juventus, Gladstone conviveu com jogadores importantes na conquista da Copa do Mundo de 2006 pela Itália. Entre eles, nomes como Buffon, Zambrotta, Del Piero e Camoranesi. O relacionamento mais marcante, contudo, se deu com um colega de posição: Fábio Cannavaro.
- Pouco depois, um dos meus companheiros viria a ser o melhor do mundo: Cannavaro. Um zagueiro que é um cara sensacional e me ensinou muito sobre posicionamento. A escola italiana é muito boa. Ele me via com alguns defeitos e sempre tentava corrigir. Foi um ano em que aprendi muito e consegui conquistar o carinho deles também - recorda com orgulho.
Enquanto esteve no Juventus, Gladstone conviveu com jogadores importantes na conquista da Copa do Mundo de 2006 pela Itália. Entre eles, nomes como Buffon, Zambrotta, Del Piero e Camoranesi. O relacionamento mais marcante, contudo, se deu com um colega de posição: Fábio Cannavaro.
- Pouco depois, um dos meus companheiros viria a ser o melhor do mundo: Cannavaro. Um zagueiro que é um cara sensacional e me ensinou muito sobre posicionamento. A escola italiana é muito boa. Ele me via com alguns defeitos e sempre tentava corrigir. Foi um ano em que aprendi muito e consegui conquistar o carinho deles também - recorda com orgulho.
IDAS E VINDAS - O retorno ao Brasil culminou na segunda e última passagem
pelo Cruzeiro, de 2006 a 2007. Em seguida, vieram empréstimos para Sporting, de
Portugal, Palmeiras, Náutico e Portuguesa. Ao término do contrato, se
transferiu ao Vaslui, da Romênia, clube que defenderia por três anos.
- A Romênia é um país muito diferente. Portugal se encaixa mais com o
perfil brasileiro. Foram quase três temporadas na Romênia, um período
proveitoso, mas difícil. Devido à língua e também ao frio. O próprio povo é
muito fechado. Sei que fiquei um pouco escondido durante essa fase, mas não me
arrependo de nada. Pude dar uma boa educação aos meus filhos e o lado
financeiro também pesa. Não tenho do que reclamar. Só da língua e do clima.
o Palmeiras, as coisas iam bem, mas uma série de adversidades fez com que Gladstone não tivesse vida longa no clube. O clube paulista terminou o Brasileirão de 2008 em quarto lugar e garantiu vaga na Libertadores, mas o zagueiro já estava de saída e não teve muito o que comemorar.
- Comecei bem lá. Estávamos muito bem no Brasileiro, mas depois enfrentamos alguns problemas políticos no clube. São problemas que times grandes normalmente passam. Minha esposa também estava grávida, então optei por não me estressar muito para não atingi-la. Ela já havia perdido uma criança antes. Entrei em acordo com o clube e rescindi. Agradeço muito ao Palmeiras. Torço para que os profissionais que estão lá tenham sucesso.
o Palmeiras, as coisas iam bem, mas uma série de adversidades fez com que Gladstone não tivesse vida longa no clube. O clube paulista terminou o Brasileirão de 2008 em quarto lugar e garantiu vaga na Libertadores, mas o zagueiro já estava de saída e não teve muito o que comemorar.
- Comecei bem lá. Estávamos muito bem no Brasileiro, mas depois enfrentamos alguns problemas políticos no clube. São problemas que times grandes normalmente passam. Minha esposa também estava grávida, então optei por não me estressar muito para não atingi-la. Ela já havia perdido uma criança antes. Entrei em acordo com o clube e rescindi. Agradeço muito ao Palmeiras. Torço para que os profissionais que estão lá tenham sucesso.
XERIFE NA FRONTEIRA - Insatisfeito em Portugal, onde estava defendendo o
Gil Vicente, o zagueiro rescindiu contrato, voltou ao Brasil e aceitou, em
janeiro deste ano, o desafio de disputar o Campeonato Goiano pelo Itumbiara, um
dos poucos clubes do interior de Goiás que já foi campeão estadual, em 2008.
Localizada no sul do estado, a cidade faz divisa com Minas Gerais. Fator que
deixa o zagueiro próximo da esposa e dos filhos Miguel e Alice, que moram em
Belo Horizonte, e que o convenceram a vestir a camisa do Gigante da Fronteira,
atualmente na briga por vaga na semifinal do Goianão.
- Hoje o futebol goiano tem se destacado bastante e é uma boa vitrine. A
questão familiar também me fez optar por voltar ao Brasil. Quando tive o
convite do Itumbiara, não pensei duas vezes. Estou muito feliz, pois as coisas
estão correndo bem.Tenho uma experiência e pretendo jogar vários anos ainda.
Penso em voltar à Série A e despertar o interesse de grandes clubes.
Voltar a jogar na elite do futebol brasileiro é algo que ainda mexe com
Gladstone. Aos 30 anos, o capixaba se considera apto a atuar em alto nível por
mais algumas temporadas. As boas atuações no Itumbiara podem ser o estímulo
para que algum grande clube aposte novamente no jogador, orgulhoso da
trajetória que trilhou ao longo da carreira - e que faz questão de não esquecer
o ensinamento da noite do dia 11 de junho de 2003: sempre escolher a faixa de
campeão, não a fralda.
- Tem sido uma carreira boa. Já são quase 14 anos nessa estrada. Ainda
não parei para contar os títulos, mas foram vários. Várias vitórias e muitas
amizades construídas. O ano de 2003 foi inesquecível, e tive a honra de faturar
a Tríplice Coroa com o Cruzeiro: Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e
Campeonato Brasileiro. Depois, ninguém mais conquistou. Foi uma fase que ficou
marcada na minha carreira. Espero conquistar mais. Até chegar a hora de parar -
conclui.
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